
Ouvi um barulho tedioso, mas levantei-me da cama. Ao bater em quase todos os cantos da parede, encontrei na sala um envelope pardo, sem remetente. Algo suspeito, mas cativante. Esfreguei as mãos, aquecendo-as e depois posicionando-as na frente dos olhos. Respirei fundo e, em um golpe só, abri o envolope. Ou melhor: tentei abri-lo. Faltou-me coragem. Ás vezes, é melhor deixar as coisas guardadas do que tentar entendê-las quando se está quase morrendo.
Rodrigo Capella – 04/10/08
Rodrigo Capella – 04/10/08