Este é o blog oficial do jornalista, assessor de imprensa, palestrante e escritor Rodrigo Capella

quinta-feira

Agenda e Big Brother Brasil 9



Opa!! Minhas novidades estão a mil. Estou me candidatando ao BBB9. Para ver o vídeo que enviei e votar em mim, clique aqui

Bom, no dia 05 de agosto, terça-feira, estarei paricipando de um debate com o cineasta Guilherme de Almeida Prado sobre cinema nacional.

Já no dia 09 de agosto, estarei em Foz do Iguaçu, fazendo uma palestra e lançando o meu livro "Rir ou chorar", que desvenda os bastidores do cinema brasileiro.

E no dia 16 de agosto, vou a Criciuma, participar de uma mesa de debates sobre cinema.

Lançamento em Sorocaba (SP)

Amigos, lancei o meu livro "Rir ou Chorar", que desvenda os bastidores do cinema, em Sorocaba, interior de São Paulo, durante a Semana do Escritor. Confira abaixo as fotos do lançamento:











segunda-feira

Onde deve ser filmado?


Onde deve ser filmado "Transroca, o navio proibido", baseado em livro homônimo do escritor e poeta Rodrigo Capella?

Torres

Imbé

Porto Alegre

Tramandaí










Tomando todas em Paris

Por Rodrigo Capella*


Minha ida a Paris sempre foi planejada e em grande estilo: Torre Eiffel, Louvre e Galeria Lafayete. Estava ansioso, mas me continha. Afinal, tinha deixada a melhor parte da viagem para o final. O motivo: lá, eu poderia gastar todos os euros que haviam sobrado e poderia também conhecer a noite parisiense.

É, e eu estava precisando. Depois de uma viagem totalmente cultural pela Europa, vendo castelos, igrejas e museus, estava na hora de beber até cair. E fui rumo a essa missão, andando por ruas famosas e passando pelo Arco do Triunfo. Parei em um restaurante e solicitei uma cerveja, a minha primeira em Paris. Tomei rapidamente, saboreando cada gole e recusando os petiscos oferecidos. Eu queria encher a cara e nada me fazia mudar de idéia.

Solicitei mais uma cerveja e fui ao banheiro. Pronto: eu estava preparado para ir a uma balada parisiense. Mas pra onde? Andando sem destino e quase cansado, encostei em um ponto de ônibus. Observei que um rapaz, mais jovem do que eu, estava cambaleando, com um bafo de vodka. Rapidamente, pensei: “esse é o cara. Ele vai me ajudar. Os bêbados conhecem as melhores baladas”.

Logo me aproximei dele e perguntei, em inglês, é claro: “amigo, tem alguma balada boa em Paris?”. Ele respondeu prontamente: “Paris, é uma merda! Mas, as baladas são muito boas. Siga reto, nessa direção. Você não vai se arrepender. Mas, me diga, da onde você é?”. “Brasil, sou brasileiro”. “Ah! Ronaldo, Pelé, Zico, Garrincha... Eu adoro o futebol brasileiro, sempre vejo na TV”.

Nessa hora, ele foi interrompido por um homem que segurava um grande cartaz. Esse homem, sem disser nem boa noite, afastou o rapaz com quem eu estava conversando e substituiu a propaganda de um relógio fixada no ponto de ônibus por uma propaganda de um filme da Jennifer Lopez. O rapaz ficou louco e começou a berrar: “eu amo a Jennifer, eu a amo”. Dei muita risada e quase contei a ele que havia passado a mão na bunda da Jennifer, mas mudei de idéia.

Agradeci a informação do rapaz e quando me virei ele disse: “calma, não vai beijar a Jennifer?”. “Como?”. “Olhe! E aprenda”. Ele rapidamente deu um beijo de língua na propaganda e eu saí correndo. Segui a direção que ele havia apontado e caminhei bastante até avistar uma muvuca de lindas e estranhas francesas, que estavam conversando em frente a uma estação de metrô, onde outras pessoas haviam entrado.

Fiquei curioso e optei por entrar. No Brasil, não há baladas no metrô. Então, eu iria a uma festa totalmente diferente. E, lá fui eu. O ambiente, logo de cara, se mostrou sensacional e fascinante. Duas pistas, tocando som diferente, bebidas caras, mas deliciosas, e francesas, doidas por sexo e orgia.

Nessa balada, não deixei, é claro, de conversar com as garotas francesas, mesmo não falando francês. Tentava manter um diálogo, mas não conseguia. Decidi então me aproximar das mulheres só para olhar os seios, pequenas pêras, perto dos mamões brasileiros. Mas, de belos sorrisos, frente a algumas desdentadas brasileiras. Entre um bebida e outra, observava e fazia comparações: as francesas são frias; as brasileiras quentes.

Bebi sem parar: vodka, cerveja, conhaque e uísque. Misturei tudo e quase tombei. Pra quê? Tentar falar francês e me dar bem. Eta! Que língua difícil. Nem bêbado eu conquistei uma mulher francesa. Mercy Bocu!

(*) Rodrigo Capella é escritor e poeta. Autor de vários livros, entre eles “Rir ou chorar”, “Enigmas e Passaportes”, “Como mimar seu cão”. “Poesia não vende” e “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adpatado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Informações: www.rodrigocapella.com.br

domingo

Próximos compromissos (ainda em julho)








No dia 24 de julho, vou a Belo Horizonte para apresentar a categoria de cultura do tradicional prêmio PQN de Ouro, entregue para os melhores jornalistas mineiros.


Já no dia 26 de julho, estarei em Sorocaba para lançar o meu livro "Rir ou chorar", que desvenda os bastidores do cinema brasileiro.

sábado

Eu não confio em horóscopo



Por Rodrigo Capella*




Nunca confiei em previsão do tempo. Sempre que ela apontou sol, peguei o guarda-chuva. Sempre que ela apontou chuva, fui a praia. Também nunca confiei em horóscopo. Primeiro porque as mensagens são obscuras demais: “será a partir dos próximos segundos que Sol, Júpiter e Saturno armam um triângulo no céu” ou “Mercúrio e Urano abrem comportas possibilitando momentos”.




O segundo motivo que me leva a desconfiar do horóscopo é o fato da mensagem nunca coincidir com o momento que estou vivendo ou melhor com o dia da semana. Para se ter uma idéia, certa vez li a mensagem em uma segunda-feira, dia de branco, e o texto me surpreendeu: “hoje é dia de divertimento, durante todo o dia, vá ao parque relaxe e faça uma bela caminhada. Reserva momentos para sair com os amigos e ir ao cinema”. Em plena segunda-feira? Vai entender né?É, pois é, a vida é engraçada. De uns tempos pra cá, parei de ler sobre a previsão do tempo, deixei de ler o horóscopo. Para não desacreditar em tudo, recorri aos livros de auto-ajuda, que estão cada vez mais na moda.




Li vários títulos, mas nenhum me ajudou. Prometiam deixar-me mais alegre, prometiam tornar-me milionário, prometiam me mostrar o caminho eterno da felicidade e da tranqüilidade, prometiam...É, muitas promessas, poucos resultados. Alguma semelhança como nosso líder molusco disfarçado de gente? Bom, com certeza, mas é melhor deixar pra lá. Não quero morrer tão cedo. Tenho muito a madrugar, tenho personagens para criar, tenho muito o que sonhar, tenho algumas pedras para ultrapassar.Falando em pedras, cinco dias antes do lançamento do meu livro “Poesia não vende”, minha pedra no rim se manifestou. Tomei soro, fiquei internado e deitei na cama que sobe e desce, apertando apenas um botão.




Maldito líder molusco disfarçado de gente, maldito horóscopo. Um desses dois ou talvez os dois. Quem era o responsável pela minha pedra do rim se manifestar em uma hora tão inoportuna?Deitado, recebi um exemplar do jornal e rapidamente, por destino ou ironia, abri na página do horóscopo: “uma pedra no meio do sapato vai lhe tirar de circulação durante alguns dias. É tempo de reflexão e de aprimoramento.




Aproveite esse tempo para rever ações passadas e traçar planos futuros. Você está em um momento-chave de sua vida”.Pois, é. Pela primeira vez, em toda minha vida, o horóscopo acertou. Infelizmente, justo com algo ruim. Revi meus pensamentos e conceitos. A partir de agora, vou, toda manhã, tomar café e ler o meu horóscopo. Eu, agora, acredito nele.




(*) Rodrigo Capella é escritor e poeta. Autor de vários livros, entre eles "Transroca, o navio proibido", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Informações: http://www.rodrigocapella.com.br/

1968: se eu tivesse vivido



Por Rodrigo Capella*


Sempre tive vontade de ter vivido e sentido toda a mágia de 1968. Mulheres de minissaia, sexo livre e psicodelismo. Não preciso de mais nada! Esse, aliás, pode ser descrito como o cenário perfeito para qualquer obra literária, de qualquer característica.


Já imaginei, inúmeras vezes, um detetive, criado por mim, descobrindo o assassino de Martin Luther King ou ainda a líder do movimento feminista sendo assassinada e o meu detetive entrando em ação.Adoro romance policial e já escrevi dois.


Se me perguntassem, qual livro eu gostaria de escrever, eu rapidamente diria: qualquer obra que tenha como cenário o ano de 1968. Livro para mim tem que ter morte, detetive, pistas, muita ação e, principalmente, um bom cenário.


Já imaginei também um homossexual sendo morto em plena passeata ou o líder dos estudantes de Paris baleado em pleno discurso, assistido por milhares de pessoas. Sinceramente, já imaginei de tudo! Meus pensamentos sempre são amplos; até porque pesquisa nunca me faltou e eu semprei gostei de histórica rica. Acho que é por isso que 1968 me fascina tanto.


A Primavera de Praga, a radicalização da luta estudantil e a tropicália. Ah! Quanta coisa! Quanta coragem. Além de história rica, quem viveu em 1968 teve sempre muita atitude e vontade de mudar. A essência de um bom livro está aí. Uma obra precisa sempe ter um carácter transformador e social.


A narrativa precisa ser densa, envolvente e cheia de fatos. Precisa contribuir para o amadurecimento do leitor.Sonho, diariamente, com os protestos contra a Guerra do Vietnã e com o cinema marginal brasileiro. Se tivesse vivido nessa época, certamente teria mais elementos e meus livros seriam mais ricos e fortes.


Resta-me, portanto, contiuar o ritual diário e debruçar-me em obras literárias e ler depoimentos de terceiros. Conversar com quem era adolescente em 1968 também vale a pena, embora os registros sejam mais confiáveis do que a fala.É, lembrar de 1968, sem ter vivido nessa época, foi, aparentemente, muito bom.


Mas, melhor ainda seria estar lá. Sei que máquina do tempo não existe, mas minha determinação de escrever algo ambientado em 1968 é cada vez mais forte. Como, na minha opinião, o escritor só pode escrever sobre aquilo que viveu, resta-me congelar no tempo e torcer para que 2008 tenha a mesma magia. Ah! Se eu tivesse vivido...


(*) Rodrigo Capella é escritor e poeta. Autor de vários livros, entre eles "Transroca, o navio proibido", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Informações: http://www.rodrigocapella.com.br/

Calma, calma....


Só disse a verdade


Por Rodrigo Capella*

Meu texto “Pelo fim das Olimpíadas, já”, publicado aqui no meu blog, causou um certo descontrole nos leitores. Até estranhei as críticas, em alguns aspectos, mas, sinceramente, não achou que vou aprender muito com elas Eu tenho a obrigação de alertar os fatos e de propor soluções. Se minhas observações não agradam, peço que, por favor, deixem de ler essa coluna e vão correr no parque.


Podem me chamar de revoltado, louco ou até mesmo “cabra da peste”. Eu falo somente o que eu penso. Disse e repito: um evento como as Olímpiadas estraga um país e ainda contribui para o povo ficar menos culto e mais burro! Tá bom ou quer mais?


O problema é que o brasileiro está ficando, infelizmente, cada vez mais burro e egoísta. Vamos pensar: a Olimpíada existe para desviar o foco do povo. Na época de Olimpíadas, o povo pára de questionar o aumento dos impostos, pára de tecer comentários contra o governo e ainda se sente mais alegre e feliz. Quem ganha com isso? O governo. Perceberam?


É assim que funciona a coisa. O mesmo posso dizer da Copa do Mundo, dos torneios de tênis, dos campeonatos de ginásticas. O esporte foi criado para deixar o povo mais burro, para desviar a atenção do povo e criar uma falsa imagem de que está tudo bem.


Se o Felipe Massa, por exemplo, ganha uma corrida, todo mundo fica contente e esquece que tem que pagar vinte contas na próxima semana. Perceberam? A Olimpíada é um falso-real. Serve para esconder uma realidade e deixá-la mais confortável para os milhares de trabalhadores brasileiros que acordam cedo, ganham pouco e trabalham o dia inteiro sem prespectiva de uma vida melhor.


A Olimpíada serve também para desviar dinheiro, criar caixa dois e favorecer determinadas empresas. Se um evento como esse ocorrer no Brasil, só posso dizer: “estamos perdidos”. O Brasil já está ruim, se sediar uma Olimpíada, eu juro: vou morar no Paraguai.


Pode ser essa uma atitude muito radical, mas não me importo. E digo mais: a pessoa só é inteligente quando lê livros. Se ignora as histórias, é evidente que fica sem argumentos e não pode participar de uma conversa. Então, concluo que a Olímpiada, que afasta as pessoas dos livros, contribui para termos um país de ignorantes.

Por isso, eu lanço aqui, nessa coluna, a campanha “Olimpíada, já virou piada”. Quem for a favor, me escreva e tenho a certeza de que mudaremos esse país e que amanhã seremos realmente um país de leitores.

Boa leitura!


(*) Rodrigo Capella é escritor e poeta. Autor de vários livros, entre eles "Transroca, o navio proibido", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Informações: http://www.rodrigocapella.com.br/