Este é o blog oficial do jornalista, assessor de imprensa, palestrante e escritor Rodrigo Capella

terça-feira

Latindo feito um cão

sexta-feira

Relaxando...


Amigos, este blog estará em recesso de 26/12 a 06/12, com retorno no dia 07/12. Abraços e feliz 2009, Rodrigo Capella.

quarta-feira

Cupim de Natal



Por Rodrigo Capella*

A árvore piscava com tal fervura, bolas brancas e vermelhas davam o realce, enfeites de laços e cavalos carregavam ternura, no olhar da criança.

Piscava num ritmo prolixo, fixamente olhava o enfeite mais alto, era um papai noel no topo da árvore, despertando nuança no olhar meigo.

A criança, enfeitiçada estava, a admirar o falso real, a crer que papai noel iria, descer da árvore e dá-lhe, um beijo no rosto.

Observava a árvore diariamente, como se buscasse um algo mais, percorria ao redor dos galhos, sentia o perfume vago.

Fixava os olhos atrás da árvore, abria e fechava a porta do armário, passava a mão num furo, feito por cupim.

Observava a árvore, canto por canto, estava quase aos prantos, queria ver se o furo, ia contaminar os enfeites, derrubar os galhos, estragar papai noel e paralisar os cavalos.


(*) Rodrigo Capella é poeta, escritor e palestrante. Autor de diversos livros, entre eles “Enigmas e Passaportes”, "Rir ou chorar", “Como mimar seu cão” e “Transroca, o navio proibido”. E-mail: contato@rodrigocapella.com.br

segunda-feira

Mais uma ganhadora


Depoimento de Raiana Ralita, que ganhou o livro "Rir ou chorar": "Olá só para avisar que recebi o livro porém ainda nao tive tempo de ler, mas pelo que deu pra perceber é ótimo! Muito obrigado e espero ganhar mais vezes, pois quero uma coleção de seus livros! Beijos, feliz natal e muito progresso em 2009, sucesso em sua carreira. São os sinceros votos de sua mais nova amiga Raiana Ralita".

Quer participar das promoções e ganhar livros? Clique aqui e participe!! Serão dez sorteios por semana

sábado

Um clique, uma gargalhada


Por Rodrigo Capella*

O revólver é a melhor das armas. Mata, sem dor. Sangra, de imediato. Para quem gosta de sangue e morte, como Tavares, não existe nada melhor. É como se ele comesse algo afrodisíaco ou degustasse um Sex on the beach em pleno tuti tuti da balada. Não que seja viaciado em álcool. Não, isso ele não é. Mas, toda quarta-feira, gosta de colocar gelo no copo e beber até mesmo no escritório de advocacia, um cubículo devorado por cupins. Adepto a momentos de caos, é comum vê-lo, toda quinta-feira, carregando a 38 com apenas uma bala para dar um único clique e gargalhar. É assim que Tavares gosta. Não é praticante de esportes. Mas, toda sexta-feira, luta boxe, batendo a ponta dos dedos na parede até sangrar. Amante de ar puro, todo sábado, caminha descalço em pedras de calcário até chegar à areia da praia. Sem descançar, avança ao mar para lavar o pé marcado por bolhas. Todo domingo, debruça-se na varanda de seu apartamento e se equilibra nas grades, quase caindo três andares. Correr ele realmente não gosta. Mas, toda segunda-feira, joga video-game, mexendo-se de um lado para o outro, todo desajeitado, até ter torcicolo. Para fechar a semana, Tavarez não passa uma terça-feira sem olhar os dias e analisar. Conclui que a semana foi ótima e tem apenas uma queixa: ela poderia ter mais dias.

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de doze livros publicados, entre eles “Rir ou chorar”e “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor gaúcho Ricardo Zimmer. Informações: www.rodrigocapella.com.br

sexta-feira

O que você quer? Participe!




O que você gostaria de ganhar de Natal?

DVD da Madonna

CD do Dazaranha

Livro do Paulo Coelho

Passagem aérea de ida para a Colômbia










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Rodrigo Capella sorteia livros

O escritor e poeta Rodrigo Capella está sorteando livros em seu novo site. Para concorrer, basta acessar: http://www.rodrigocapella.com.br/brindes.html Toda semana serão sorteados dez ganhadores. Capella é autor de vários livros, entre eles “Rir ou chorar”, que desvenda os bastidores do cinema; e “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adpatado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer.

quinta-feira

Visitas, cachorros, putas e obsessões

Visitas Inernacionais

O escritor e poeta Rodrigo Capella recebe cada vez mais visitas internacionais em seu site (http://www.rodrigocapella.com.br/), principalmente de países como França, Portugal, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. Até o momento, já foram 42.000 page-views internacionais em 2008, um aumento de 75% em relação ao ano passado. Capella é autor de vários livros, entre eles de “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer.

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Por Rodrigo Capella*

Que eu adoro animais de estimação, principalmente, os cachorros, isso todo mundo sabe. Só cães, tenho dois. Brutus, seis anos, é um yorkshire. Alemão, três anos, é um poodle brincalhão e sapeca. Não foi à toa, então, que o livro “Todos os cachorros são azuis”, de Rodrigo de Souza Leão, conquistou-me logo pelo título.

É lógico: pensei, de imediato, em pintá-los para dar uma alegria, um algo mais. Cachorros pretos e cinzas são chatos e sem graça. Canalhas! Os azuis devem ser mais divertidos. Peguei uma cerveja na mão direita; o livro na esquerda, como faço sempre, e abri, sem querer, na página 61: “por que putas são carentes e precisam de tanto amor? Eu não gosto muito de putas”.

Poesia marginal? Talvez! Mas, o mérito do autor está justamente em provocar com sabedoria e ainda fugir dos rótulos. Engana-se, portanto, quem tentar enquadrá-lo em qualquer tipo de prosa ou verso. Souza Leão tem traços sem limites, que brincam com o leitor, sem que o leitor perceba disso: “outro grito de terror. Roubaram-me alguns folhetinhos crentes e mais mil dólares. Eu começava a desconfiar de minha sombra”.

Traços que parecem transmitir um sentimento sobrenatural de buscar outros elementos e também de querer simplesmente se expressar, procurando sentimentos cotidianos, tão notórios e simples: “o que é solidão? É viver sem obsessões. Mas na vida às vezes a gente tem que escolher entre esmurrar a ponta de uma faca ou se deixar queimar no fogo”.

Virando mais algumas páginas, o personagem se revolta e desabafa: “fui obrigado a estar aqui. Não queria vir. Não quero ficar, porra!”. E, é claro, provoca: “no mundo de fora, procuro no obituário todo dia meu nome. Já decici: não quero ir ao meu enterro. Como será o céu dos objetos?”.

Como será? Não sei. Mas, posso dizer que livros como esse já nascem bons, antes mesmo de memorizarmos todo o conteúdo. Desafiar as regras literárias e gramaticais não é para qualquer um. Só poucos – como Souza Leão – as conhecem e sabem quebrá-las com elegância. Viva os cachorros!

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de vários livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Informações: www.rodrigocapella.com.br

terça-feira

Paulo Coelho e 2009: o que vai acontecer?

Na frente de Paulo Coelho

O site do escritor Rodrigo Capella, que completa 5 anos de existência e conta com mais de 15 mil acessos mensais, acaba de alcançar uma façanha inédita: quando a palavra “escritor” é digitada no Google, o site de Capella aparece na frente do site do escritor Paulo Coelho. Isso ocorre devido à quantidade de acesso, que aumentou bastante depois que Capella divulgou no YouTube vídeos em que recita textos de seu livro “Poesia não vende”, que valoriza a poesia e também traz depoimentos de Ivan Lins, Barbara Paz e Carlos Reichenbach, entre outros.
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Por Rodrigo Capella*

Não sou de fazer previsões. Mas, gostaria apenas de dar um aviso: em 2009, o número de leitores vai aumentar sensivelmente. Não por conta dos trabalhos desenvolvidos nas escolas, mas sim por causa da tecnologia. Isso mesmo! No próximo ano, os leitores eletrônicos vão conquistar definitivamente os brasileiros.

Mas, afinal o que é um leitor eletrônico? Em poucas palavras, trata-se de um aparelho fino e de fácil transporte que comporta aproximadamente 200 livros. E com mais uma vantagem: as obras saem pela metade do preço das compradas em livrarias.

Os leitores eletrônicos mais conhecidos são Amazon Kindle (US$ 359) e Sony PRS-700 (US$ 399), que utilizam a tecnologia E Ink, capaz de oferecer aos leitores bons momentos de leitura, sem cansar os olhos. O modo operacional é simples: basta o usuário comprar um título on-line e separar um tempinho do dia para a leitura.

Esse mercado já está aquecido nos Estados Unidos. Lá, de acordo com o Fórum Internacional de Publicação Digital, entre o último trimestre de 2007 e o primeiro de 2008 o mercado registrou, em vendas, um volume de US$ 10 milhões. É um número considerável e interessante se observarmos as limitações dos aparelhos. O Kindle, por exemplo, é vendido apenas on-line e só lê livros comprados na Amazon.

Neste cenário, o que tem seduzido os americanos são justamente os best-sellers disponíveis. Quem tem livro eletrônico, pode ler, por exemplo, “Crepusculo” e “Lua Nova”, de Stephenie Meyer, por preços que variam de US$ 6 a US$ 9,99. Ou então degustar o livro do presidente eleito Barack Obama: “A audácia da esperança”.

A onda já foi lançada. Mas, do jeito que a tecnologia evolui, só nos resta torcer para que os aparelhos não fiquem obsoletos em menos de cinco anos. É esperar pra ver! Ou melho: ler para compreender.

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de vários livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Informações: www.rodrigocapella.com.br

segunda-feira

Vencedor 02

Reginaldo Correia da Silva, vencedor da promoção do site Poppycorn, que sorteou cinco exemplares do meu livro "Rir ou Chorar": "Oi Rodrigo, recebi e gostei muito do livro.pois sou estudante de Radio e TV aqui em recife,já estou indo para o 7º periodo,sou tambem poeta e tenho alguns textos sobre musica no poppycorn e até um conto,gostaria de te mandar um postal aqui de Recife, no envelope tinha seu endereço mas o numero do apartamento estava apagado,se puder me mandar.Muito obrigado e espero que continuemso a manter contato.Abraços de Recife e parabéns pelo ótimo livro".

Vencedor 01


Depoimento de Regina Vares, vencedora da promoção do site Poppycorn, que sorteou cinco exemplares do meu livro "Rir ou Chorar": "Bom dia, Rodrigo. Só avisando que recebi o livro. Super obrigada. Sei que vou gostar muito, como gostei do: Como Mimar Seu Cão, Transroca, Poesia Não Vende e Além das Letras. Mais um para a coleção! Mais uma vez, obrigada. Sucesso Sempre, Regina Vares".

sexta-feira

Quer ganhar livros?


Amigos,

estou sorteando livros no meu site.

Participem!! Cliquem aqui:
http://www.rodrigocapella.com.br/brindes.html

Abs,

Rodrigo Capella

quarta-feira

Uma boa dose de sorte


Os livros Conversas com Almodóvar e Conversas com Woody Allen chegam ao mercado para revelar técnicas e bastidores do cinema


Por Rodrigo Capella*

O que mais chama a atenção na sétima arte não são as imagens ou o roteiro. Mas, sim o que está por trás deles. Poucos foram, entretanto, os filmes que exploraram esta faceta e conseguiram apresentar detalhes interessantes dos chamados bastidores. Para suprir esta escassez, as editoras colocaram no mercado livros inspirados em filmes, que ganharam força, principalmente, neste século.

A consolidação veio com Fahrenheit 11 de setembro – o livro oficial do filme, lançado em 2004, por Michael Moore – o polêmico cineasta e rival declarado de George Bush. Com a proposta de revelar detalhes ainda mais polêmicos sobre o atentado contra as torres gêmeas, o livro trouxe provas utilizadas durante as filmagens e apresentou também artigos, cartas e fotos.

Com o sucesso da obra Fahrenheit, as estantes das livrarias foram imundadas por livros apoiados em filmes, atores e diretores, contribuindo para uma sensível melhora deste tipo de gênero literário, que pode ser notada nos lançamentos Conversas com Almodovar e Conversas com Woody Allen.

Ambos, em uma primeira análise, parecem se apoiar bastante no clássico livro Hitchcock/Truffaut: Entrevistas, resultado de uma série de conversas que o diretor de “Os Pássaros” teve, na década de 50 e 60, com o também cineasta François Truffaut, de “O Homem que amava as mulheres”.

Mas, essa impressão, leiga, por sinal, rapidamente se desfaz: enquanto o livro do mestre do suspense se restrigue a detalhar a trajetória com o objetivo de desfazer uma então má impressão que os americanos tinham de Hitchcock – consideravam-o mediano e comercial -, os livros de Almodovar e Woody Allen nasceram com propostas distintas.

Conversas com Woody Allen, de Eric Lax, é resultado de mais de 30 anos de entrevistas, a primeira delas em 1971, e revela inquietudes, processo criativo e, principalmente, métodos de filmagens: “anoto o tempo inteiro - às vezes, quando começo a filmar no set, penso comigo mesmo: Essa cena vai ficar fantástica se eu usar música clássica, e não jazz”.

Mostra também curiosidades, como tomadas preferidas de câmeras – “pessoas andando na calçada, e a câmera está na calçada oposta, paralelamente”. Mas, sobretudo, apresenta um Woody Allen que ainda teima em se auto-definir como inconsciente, mesmo tendo levado ao cinema filmes como Match Point, com fortes elementos da obra Crime e Castigo, de Dostoyevsky.

Já Conversas com Almodovar é uma obra bem mais pessoal e facilmente aceita em um momento de Big Brother. O livro revela, além de detalhes de filmagens e trajetória, algumas preferências deste cineasta, como livros, filmes e até mesmo cor – “o vermelho está sempre presente nos meus filmes, não sei por quê. Mas, é possível encontrar uma explicação. A mais insólita é que na cultura chinesa o vermelho é a cor dos condenados à morte “.

Mostra também um Almodovar admirador de esporte: “os esportistas têm um físico extraordinário, o físico de pessoas que sofreram, que lutaram”. E que revela, sem fazer mistério, as suas jogadoras preferidas: “nesse aspecto meu sentimento continua muito nacional, a Arantxa Sanchez é minha preferida. Mas também gosto de Monica Seles, apesar de ser uma espécie de demônio na quadra”.

É, Almodovar mostra ter um razoável entendimento do tênis, esporte que norteia o filme Match Point, de Woody Allen. Teria ele, então, feito um longa-metragem mais impactante? É difícil afirmar.

Fica claro, porém, que após a leitura desses dois livros, o cinema dos grandes cineastas, assim como a vida real, é feito – em alguns casos - com uma boa dose de sorte.

Conversas com Almodóvar, de Frederic Strauss. Editora Zahar. Preço: R$ 44,90.
Conversas com Woody Allen, de Eric Lax. Editora Cosac Naify. Preço: R$ 65,00

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de 12 livros, entre eles “Rir ou chorar”, que desvenda os bastidores do cinema brasileiro. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br

domingo

quinta-feira

AS MULHERES TAMBÉM BROCHAM

Espere a sua vez atrás da moita


Escritor gaúcho Carlos Nejar propõe, em “Carta aos loucos”, uma enigmática e divertida teoria

Por Rodrigo Capella*

As polêmicas que rondam a poesia são mais fortes do que os próprios versos. Se vende ou não, a quem cativa e onde estão os bons e jovens poetas. Se existem, são poucos. E, na maioria das vezes, escondem-se na gaveta, com medo da crítica e do público.

Melhor então recorrermos aos tradicionais poetas, embora a maioria ainda não seja conhecida pelo grande público.

É o caso, por exemplo, de Carlos Nejar, 69 anos, cujo nome pode causar uma certa estranheza, em uma primeira pronúncia. E olha que não lhe faltam boas qualificações: ocupa a cadeira de número quatro da Academia Brasileira de Letras, lançou mais de 20 livros e conquistou prêmios importantes, como o Fernando Chinaglia, concedido pela União Brasileira de Escritores.

Mas, entretanto, não pode ser considerado um fenômeno editorial. É, talvez por isso, que em dois de seus mais recentes livros, lançados em 2008 pela Novo Século, o gaúcho tente justamente aproximar, em um primeiro momento, a sua escrita da grande massa. Em Carta aos loucos, recorre ao popular Paulo Coelho. No prefácio “A sábia e inovadora loucura de Nejar”, o milionário escritor define a obra como “arte de romancista renovador, através da saga de um povoado”.

Mas, Paulo Coelho não pára por aí e vai além. Chega até a filosofar: “A grande escritora brasileira, que é Clarice Lispector, identificava-se com Carlos Nejar, ‘tão burro quanto ela’. Essa ‘burreza’ é a douta ciência de saber que a vida é sempre mais forte e invencível quando se ama”.

Já em Jonas Assombro, o poeta apresenta versos emotivos e centra a narrativa em temas de fácil aceitação, como amor, saudade e esperança: “o coração sabe mais do que os dedos, olhos. E a noite não tem pálpebras”. E conquista o leitor: “sim, era amor um subir o rio, para que o rio subisse até nós. E sabíamos que o alvorecer dava voltas em nós, enquanto dávamos voltas no alvorecer”.

A utilização desses recursos, contudo, não desgasta a força das obras e a linguagem toda particular de Nejar parece ganhar forças a cada linha: “a melodia arrastava, de roldão empurrava e as almas começavam a ruflar fora do corpo. E a beleza ou fealdade eram terríveis, abalando os olhos, uns dos outros”.

O que diferencia fortemente os livros Jonas Assombro e Carta aos loucos é justamente esta composição de elementos. No primeiro, contida: “chove a luz molhada sobre os corpos e as palavras já são terra, ossos que se desmancham nas espigas”. No segundo, mais audaciosa: “a loucura é a sensatez do tempo. E o tempo, o sonho do que vive”.

Loucura, essa, capaz de tudo. Analisar a fundo uma simples estante de obras: “eu vivia mais entre os livros especiosos da biblioteca que reuni. Nada para mim, ali, era demasiado”. E também traçar uma complexa teoria ou dogmas funcionais da fome, descrita, em poucas palavras, como “condição humana que habitamos”. Inclui dez ítens, muitos deles curiosos e divertidos. Cito apenas alguns deles, sem revelar detalhes: “é desigual na fama”, “morde, morde até a sombra” e “espera a vez na moita”.

Esse é Carlos Nejar. Traços e atitudes globais que seriam aceitos em todos os países. Até porque, para quebrar as regras e propor algo inusitado e bom, é preciso conhecer muito bem o que se faz.

Carta aos loucos, Carlos Nejar. Editora Novo Século. R$ 35; 256 págs.
Jonas Assombro, Carlos Nejar. Editora Novo Século. R$ 29; 160 págs.

* Escritor, poeta e palestrante. Autor de doze livros, entre eles “Poesia não vende” e “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Informações: www.rodrigocapella.com.br

sábado

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Abs, Rodrigo Capella.

Proteja o pescoço: a saga continua



Por Rodrigo Capella*

Todo escritor, quando inicia no mundo literário, quer atingir algumas metas. As principais são fama, reconhecimento e dinheiro. Poucos no Brasil trilharam esse caminho. Quando se faz uma lista, Paulo Coelho é lembrado de imediato. Outros, com uma pequena força, são escritos nas linhas seguintes. O fato é que não se preenche uma folha toda. Faltam nomes, sobram candidatos.

Lá fora, no exterior, o cenário é bem mais positivo. Tivemos recentemente J. K. Rowling, que atinguiu a incrível marca de 300 milhões de exemplares vendidos. Outros nomes surgiram na sequência e conquistaram espaço.

A bola da vez se chama Stephenie Meyer. Com a história vampírica “Crepúsculo” (Editora Intrínseca – 416 pág. 39,90 reais), liderou a lista dos mais vendidos do New York Times e vendeu milhares de exemplares. A história é aparentemente simples, ingênua, mas intrigante: Isabella Swan, uma jovem de 17 anos se muda para uma pequena e melancólica cidade. E lá, se apaixona pelo vampiro Edward Cullen – Mordi o lábio para esconder meu sorriso. Depois olhei para ele de novo. Seu rosto estava virado para o outro lado, mas achei que sua bochecha parecia erguida, como se ele também estivesse sorrindo.

Ambos têm um relacionamento equilibrado, com pausa e sentimento, agradando, principalmente, aos adolescentes, órfãos dos livros Harry Potter. O best-seller, é óbvio, migrou rapidamente para a grande tela. Com direção de Catherine Hardwicke (Jesus - A História do Nascimento) e previsão de estréia em circuito brasileiro para esse ano, “Crepúsculo” tem bons protagonistas - Robert Pattinson (Harry Potter e o Cálice de Fogo) e Kristen Stewart (Na Natureza Selvagem) – e promete arrastar multidões aos cinemas.

Embalada por esta expectativa e pela aceitação de “Crepúsculo” no Brasil – vendeu mais de 80 mil exemplares -, a Editora Intrínseca acaba de colocar no mercado o segundo volume da autora: “Lua Nova” (480 pág. 39,90 reais). À primeira vista, é natural compará-lo com o filme “Entrevista com o Vampiro”. Mas, cuidado: embora lembre um pouco, o livro é uma saga de vampiros e amor, que foge à tradicional transformação de homem em criatura.

A jovem, nesta segunda obra, está mais apaixonada - Edward - ainda sorrindo daquele jeito tão lindo que fazia meu coração parecer inchar e explodir no peito - pôs o braço em meu ombro e virou-se para olhar minha avó - e sinaliza que é capaz de colocar em perigo a sua própria vida para conquistar o vampiro sedutor e fazer parte da família dele, os Cullen.
Ao final da história, é normal o leitor ficar apreensivo. Afinal, como será a continuação? O que realmente vai acontecer com Isabella e Edward? Calma! Os fãs brasileiros vão ter que aguardar ainda pela chegada de “Eclipse”, terceiro livro da série, no qual tudo indica que o amor entre a adolescente e o vampiro ganhará, em alguns momentos, ainda mais força, como a cifra homônima de João Gilberto - Eclipse de luna en el cielo/Ausencia de luz en el mar/Muy solo con mi desconsuelo/Mirando la noche me puse a llorar

Depois, virão ainda o quarto e quinto livros da série. Esse último, aliás, será, provavelmente, uma visão do vampiro Edward sobre os acontecimentos que a garota narra em “Crepúsculo”, livro que deu início a saga. Enquanto eles não chegam, o prudente é proteger o pescoço. Um vampiro pode estar à solta, com ciúmes de Edward e louco por sangue dos fãs de Stephenie Meyer.

(*) Rodrigo Capella é escritor e poeta. Autor de doze livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Informações: www.rodrigocapella.com.br

Feliz Natal - Comece a celebrá-lo


Cupim de Natal

Por Rodrigo Capella*

A árvore piscava com tal fervura, bolas brancas e vermelhas davam o realce, enfeites de laços e cavalos carregavam ternura, no olhar da criança.

Piscava num ritmo prolixo, fixamente olhava o enfeite mais alto, era um papai noel no topo da árvore, despertando nuança no olhar meigo.

A criança, enfeitiçada estava, a admirar o falso real, a crer que papai noel iria, descer da árvore e dá-lhe, um beijo no rosto.

Observava a árvore diariamente, como se buscasse um algo mais, percorria ao redor dos galhos, sentia o perfume vago.

Fixava os olhos atrás da árvore, abria e fechava a porta do armário, passava a mão num furo, feito por cupim.

Observava a árvore, canto por canto, estava quase aos prantos, queria ver se o furo, ia contaminar os enfeites, derrubar os galhos, estragar papai noel e paralisar os cavalos.

(*) Rodrigo Capella é poeta, escritor e jornalista. Autor de diversos livros, entre eles “Enigmas e Passaportes”, “Como mimar seu cão” e “Transroca, o navio proibido”. E-mail: contato@rodrigocapella.com.br

quarta-feira

Escrever é tedioso

Escrever é tedioso. Os registros são detalhes de dardor no ouvido, vomitar sílabas e dizer: “cá estou”. Sentia-meassim, outrora, de madrugada, debaixo da escada. Sentimento que se fundiu a uminstante de ironia, vaga, mas sincera. Quisera eu mudar o mundo e não morrer? Será que mereceria tal capricho? As lembranças se fazem com sangue; o suorpífio se derrete na mágoa de querer amar quem sempre esteve distante. Uma total piração esse sentimento de amar.

Rodrigo Capella 22/10/08

segunda-feira

Fui ao Paraíso e...


Nesse fim-de-semana, estive no paraíso, mas - logo depois - regressei a esse tédio. Pudera eu jamais ter sonhado em absorver a essência de ser feliz. Se pobre de espírito fosse, jamais sonharia em viver Lá. Mesmo que o Lá fosse que fosse. Jamais permitiria o registro inoportuno dos céus - delirantes passagens de vida. Quisera eu que nunca o Lá e o Céu existissem. Jamais. Vou arder no inferno.

Rodrigo Capella. 13/10/2008

sábado

Quase morrendo

Ouvi um barulho tedioso, mas levantei-me da cama. Ao bater em quase todos os cantos da parede, encontrei na sala um envelope pardo, sem remetente. Algo suspeito, mas cativante. Esfreguei as mãos, aquecendo-as e depois posicionando-as na frente dos olhos. Respirei fundo e, em um golpe só, abri o envolope. Ou melhor: tentei abri-lo. Faltou-me coragem. Ás vezes, é melhor deixar as coisas guardadas do que tentar entendê-las quando se está quase morrendo.

Rodrigo Capella – 04/10/08

quinta-feira

Sherlock Holmes nos cinemas


Acabei de receber a notícia que começaram as filmagens de Sherlock Homes na cidade de Londres, bem diferente desta miséria de país (leia-se Brasil). Robert Downey Jr, de "O Homem Duplo", será o detetive em uma história inspirada em contos do mestre Sir Arthur Conan Doyle, o mesmo que me inspirou a escrever dois livros de mistério: "Enigmas e Passaportes" e "Transroca, o navio proibido", que agora está sendo adaptado para o cinema pelo diretor gaúcho Ricardo Zimmer. O filme Sherlock Holmes conta com distribuição da Warner Bros. Já aguardo com muita ansiedade.

sábado

Mais de 260.000 citações no Google: na frente de grandes escritores, como Marcelo Rubens Paiva


Essa semana, atingi a importante marca de mais de 260.000 citações no Google. Tem de tudo: contos, poesias, matérias, entrevistas, reportagens e até material inédito. Vale a pena dar uma conferida. Clique aqui e leia todo o material. Para comemorar, nada melhor do que a imagem acima, né?
Mas, o quanto 260.000 citações representam? Dei uma pesquisa e tomei um susto: estou na frente de grandes escritores, como Marcelo Rubens Paiva (117.000 citações), Carlos Nejar (67.000 citações), Marçal Aquino (52.300 citações) e Gabriel Chalita (54.400 citações), por exemplo.

quinta-feira

Rodrigo Capella no Cultura Zine - São Paulo



Fiz uma apresentação poética de textos do meu livro "Poesia não vende", no "Cultura Zine", evento que discutiu as novas tendências de poesia, música e artes plásticas. Para ler tudo sobre o evento, clique aqui

Meu novo site: um espaço reservado para você

Meu web site interativo tem um espaço reservado para você, meu caro leitor. Clique aqui e saiba como fazer parte do Fã Clube Oficial do Escritor e Poeta Rodrigo Capella. Tem muitas novidades: você vai se surpreender!

My new look: veja as minhas novas fotos


sábado

Algumas fotos interessantes

Rubens Ewald Filho e Rodrigo Capella


Rodrigo Capella e Bibi Ferreira

João Batista de Andrade, John Herbert e Rodrigo Capella


Leon Cakoff e Rodrigo Capella


Rodrigo Capella e Osmar Santos



Jandira Martini, Rodrigo Capella, Ricardo Pinto e Silva e Marcos Caruso

Propaganda do meu último livro, "Rir ou chorar"


Fizeram a minha caricatura: aí, meu Deus!!!


Para dar risadas: eu e meu cachorro Brutus


quinta-feira

Meu próximo livro: o décimo terceiro



Não posso revelar muitos detalhes! Apenas dizer poucas palavras: meu livro de número 13 já recebeu o sinal verde e vai sair em breve. Não gosto muito desse número. Portanto, que venha logo o de número 14 (meu número da sorte). Quer conferir o que eu já publiquei? Então, clique aqui

quarta-feira

Banner do filme "Transroca, o navio proibido"

Que o cineasta gaúcho Ricardo Zimmer está adaptando o meu livro "Transroca, o navio proibido" para os cinemas, com orçamento de R$ 3,5 milhões, isso você já sabe. Mas, eu trago uma novidade para você: o banner do filme. Confira abaixo:


sábado

Cultura Zine - 20 de setembro - São Paulo


No dia 20 de setembro, ás 17 horas, vou fazer apresentar textos do meu livro "Poesia não Vende", no evento "Tem arte nesse zine", no "Cutura Zine", na Rua Saldanha da Gama 641, em São Paulo. Espero vocês lá!

quarta-feira

Ilha de Letras - Blog de Escritores Catarinenses


Amigos, vou lançar o Ilha de Letras, blog somente de escritores catarinenses. Cada dia, o blog terá um colunista, que vai comentar os assuntos literários do momento e publicar textos inéditos. O blog terá vários recursos de interatividade com o público. Interessados em participar, acessem o Ilha de Letras

sábado

Qual será a música do filme?





Na sua opinião, qual banda deve fazer a música princial do filme "Transroca, o navio proibido", baseado em meu livro homônimo?

Dazaranha

Titãs

Barão Vermelho

Capital Inicial












sexta-feira

Poucas e boas - N. 01



Elas não engordam
Olha que bacana: o livro “As mulheres francesas não engordam”, de Mireille Guiliano, vai parar nos cinemas. Será adaptado por Heather Hach, autora de “Sexta-Feira Muito Louca” e “Legalmente loira: o musical”. Traduzido para 40 línguas, a obra superou a marca de um milhão de cópias nos Estados Unidos e esteve no topo da lista de não-ficção do poderoso New York Times. Um feito que merece ser comemorado!

Leva e traz

Quer receber um filme em casa sem perder tempo? Clique aqui e acesse Cine Poltrona, o site que revolucinou a ilha de Floripa e entrega o filme que você quer rapidamente. Mais uma bela notícia e, na verdade, uma valorização da arte. Já pensou se essa idéia pega com livros também? Fica a sugestão.

segunda-feira

Coisas (boas) da Bienal do Livro

Por Rodrigo Capella
Se você não aguenta mais falar de Bienal do Livro de São Paulo, respire fundo e leia mais esse texto. Eu prometo: será o último sobre a Bienal do Livro de 2008. É claro que o evento não foi 100%, faltaram alguns descontos, faltaram alguns autores. Mas, de uma maneira geral, a nota foi boa. Veja abaixo mais alguns momentos:


Quem me dera ser um peixe

A Editora Pandorga levou para a Bienal o Projeto Mundo Melhor, que inclui quatro episódios. São eles: "Um dia feliz", "Mamãe, hoje eu não quero ir à escola", "A grande amiga" e "O maior tesouro de um samurai". Em tempos de oriente, esse último é bem pertinente. Iauuuuuu!!
Tirando uma lasquinha

Todo mundo está se associando ao Google e querendo tirar uma lasquinha dele. A Editora Papirus teve pelo menos uma idéia interessante: agora, ao fazer uma busca, utilizando o "Todo Poderoso", sobre algum autor ou livro da editora, o intenauta terá acesso a 20% da obra pesquisa. É o famoso test drive, se não gostar, não leva.


Me dá, Me dá dinheiro aí

É pois, é. Tem autor ganhando dinheiro. Soube na Bienal que "1808", de Laurentino Gomes, já vendeu mais de 350 mil exemplares. Se o autor ganha 10% do preço de capa do livro, vendido a R$ 30, em média, isso quer dizer que ele fatura R$ 3 por livro. Parece pouco, mas faça R$3 vezes 350 mil. Quanto dá?? Hum.... Aplausos!!
Nu com a mão no bolso
"O Mago", de Fernando Morais, biografia do mestre Paulo Coelho será traduzida para 47 países. O livro já vendeu mais de 100 mil exemplares, em apenas dois meses, e foi um dos destaques da Bienal. Nunca a vida de Paulo Coelho esteve tão exposta e bem retratada. O leitor pode vê-lo nu.
Que grande sacada!!!

Essa veio da Revista Panorama, da Câmara Brasileira do Livro. Ela trouxe na edição de agosto um anúncio interessante: "A venda de livros através da internet em comércio eletrônico é o grande diferencial da Bandeirantes". Desde quando venda pela net é diferencial? Meu Deus, vamos parar e pensar, por favor!

domingo

Os melhores e piores momentos da Bienal do Livro



Por Rodrigo Capella (*)

É didícil comparar a Bienal do Livro de São Paulo a qualquer outro evento literário ou até mesmo esportivo do Brasil. Não dá! Somente quem circulou por todo o pavilhão do evento, consegue mensurar o que realmente aconteceu ali. Surpresas, coisas estranhas e sei lá o que. Houve de tudo e eu publico aqui, em primeira mão, algumas novidades. Acompanhe:

Não entendi

A Novo Século entregou aos jornalista o seu “catálogo bienal 2008”, sem diferenciar os lançamentos dos livros já publicados. Destaco, sem saber quando foi lançado, os livro “Carta aos loucos” e “Jonas Assombro”, de Carlos Nejar, um escritor ousado, com linguagem própria e sem medo de propor experiências.

Esse, eu quero

No estande da Ediouro, o livro “Cão”, de Matthew Van Fleet foi um dos mais festejados pelo público. É verdade que o boom de livros de cachorro já passou, mas “Cão” encanta pela capa e pelo conteúdo. Um bom divertimento para os amantes dos animais. Au, Au!

Fala, que eu te escuto!

A Livro Falante apresentou seis novos títulos de sua coleção de audiolivros, com destaque para as narrações de Rafael Cortez (programa CQC, da Band) para os livros “O Alienista”, “Dom Camusrro” e “Memórias Póstumas de Bras Cubas”, todos do mestre Machado de Assis. É a literatura se aproveitando da tecnologia e sinalizando que em breve teremos livros apresentados via blu-ray.

Livro para todos

A Fundação Dorina Nowill para Cegos, que trabalha para a inclusão do deficiente visual e produz livros e revistas didáticos, lançou na Bienal a campanha “Nós Também Gostamos de Ler”. A iniciativa teve como mote mostrar que os cegos, de todas as idades, também gostam de ler. A Fundação desenvolve, em todo país, um trabalho de distribuição de livros.

Viva o portuga

Para quem gosta de história pura, não pode deixar de ler “O Último Távora”, do português José Norton. Lançado na Bienal pela Planeta, a obra descreve a forma com que Portugal castigava os culpados de crimes políticos na época do Brasil Colônia. Em época de eleição, as dicas desse livro deveriam ser colocadas em prática.

Perde e ganha

Soube, de fontes seguras, que a Câmara Brasileira do Livro pensou em suspender a publicação “Panorama Editorial”, revista mensal que aborda o segmento literário. Tamanha foi a minha surpresa quando encontrei a revista de agosto circulando na Bienal. A “Panorama” não vai acabar, apenas mudou de editora. Ganhou em conteúdo, perdeu em diagramação.

(*) Rodrigo Capella é escritor e poeta. Autor de vários livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, “Enigmas e Passaportes”, “Rir ou chorar”, “Como mimar seu cão” e “Poesia não vende”. Mais informações: http://www.rodrigocapella.com.br/

Os bastidores da Bienal do Livro: erros e acertos

Nome do Moacyr Scliar escrito errado em painel
Foto tirada por Juliana Salles

O painel do Espaço Sesc, na Bienal do Livro de São Paulo, anunciava: “Revisitando Machado de Assis, por Moacir Scliar”. Aparecentente, tudo certo. Mas, observe, meu caro leitor, que a mensagem tem um erro: moacyr se escreve assim com “y” e não com ‘i”. Aparentemente um equívoco banal, mas será que não seria estranho escrevermos lynguiça, salcycha ou byenal?

O Moacyr em questão é membro da Academia Brasileira de Letras e estava na Bienal para participar de um bate-papo com o público e fazer suas observações sobre a obra de Machado de Assis. Fã da literatura de Kafka, o escritor gaúcho impôs sua tradicional fala mansa aos olhos atentos dos personagens secundários.

Barbaridade chê! Rodeado por fãs, atendeu um a um e fez uma pose especial para essa página. Meio de lado, como se brotasse a sabedoria de seus ombros, e com olhar amistoso, mostrando-se adaptado às intempéries de uma feira de livro. Em alguns lugares, pode ter dez estandes; em outros, como São Paulo, há uma enormidade deles. É um diversidade tamanha!

Deixei Moacyr em paz e caminhei rumo a outras celebridades literárias. Mais adiante, sem andar muito, encontrei o autor de “1808”, Laurentino Gomes, que fez uma pose clássica, como se vendesse seu peixe. Cick! Sorridente e receptivo, foi a Bienal para lançar uma versão juvenil de “1808” e participar de debates.

Debate eu participei quando avistei Maurício de Souza, autografando suas HQs. Conversei com quatro pessoas para liberar a entrada da fotógrafa na redoma de vidro que separava o artista do público. Barbaridade chê! Se eu soubesse que ia ser asssim, nunca teria lido Mônica, Cebolinha, Cascão e amigos.

Também distante, mas mais acessível, está Ziraldo, o mentor do “Menino Maluquinho”. A conversa com apenas uma pessoa foi o suficiente para a fotógrafa furar o cerco armado e disparar três fotos na cara do Ziraldo, quase cegando-o. Enquanto ele autografava, a multidão berrava, como se estivesse em um show de rock. Se cantasse, Ziraldo poderia fazer parte do grupo do Mick Jagger.

Barbaridade chê! Por enquanto é só. Vou atrás de mais celebridades, mas não garanto fotos. Algumas são tão estrelas que já compraram um céu até antes de morrer.

sábado

Rodrigo Capella no You Tube

Amigos, estou com três vídeos no You Tube. Em um eu recito poesia para o meu cachorro; em outro eu recito poesia para o além; e no terceiro eu falo sobre os meus "dotes" para participar do BBB 9. Opa! Confiram abaixo:





quinta-feira

Bastidores da Bienal do Livro: eu estive lá

Eu estive na Bienal do Livro e vou revelar o que a mídia não conta. Clique aqui e lei reportagem exclusiva. Descubra detalhes curiosos. Abraços!!!!

domingo

Bienal do Livro de São Paulo (SP): muitos autógrafos e encontro com escritores

Ufa! Ufa!! Cheguei ontem de Criciúma e minha tour literária continua. Hoje á tarde, passei na Bienal do Livro de São Paulo, onde distribui alguns autógrafos e encontrei alguns escritores/artistas. Confira abaixo fotos de Juliana Salles, tiradas para o Diário de Cuiabá:

Público comparece em peso a Bienal do Livro em SP

Rodrigo Capella

Ziraldo


Maurício de Souza


Laurentino Gomes


Moacyr Scliar

Lançamento e Debate na Feira do Livro de Criciuma (SC)

Rarara! Você acessou o meu blog para ver as fotos da Catarata do Iguaçu - promessa da minha última postagem? Pois é, essas fotos ainda estão revelando. Por hora, então, vamos falar de Criciúma. Ontem, eu estive na Feira do Livro de Criciúma, onde participei de um debate sobre cinema e lancei o meu livro "Rir ou chorar", que desvenda os bastidores do cinema brasileiro e traz histórias curiosas de atores e atriz. Confira abaixo algumas fotos:











Paissagem que inspira e encanta. Árvore do século XVIII: