Este é o blog oficial do jornalista, assessor de imprensa, palestrante e escritor Rodrigo Capella

domingo

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Muito além do vídeo-release

Por Rodrigo Capella*


O novo tripé jornalístico, calcado no entretenimento, prestação de serviço e informação, modificou de vez as atividades e funções da assessoria de imprensa. Se antes, toda e qualquer notícia era fornecida para a imprensa somente por palavras; agora, cada vez mais, novas tecnologias complementares tornam o trabalho dos comunicadores mais complexo e inovador.

Em 2009, foi a vez da social media e de sua múltiplas plataformas e aplicativos. Saber divulgar o cliente no Orkut, Twitter, Facebook e Slide Share (entre tantos outros espaços virtuais) era requisito mínimo para se consolidar na profissão. Atrelado a isso, o vídeo-release ganhou mais potencialidade aqui no Brasil, principalmente no início de 2010, obrigando o assessor de imprensa a também roteirizar e apertar play.

Ganharam espaço e diversos estudos iniciativas interessantes, tais como a do vídeo-release do Glow, o perfume da Jennifer Lopez; o lançamento do ‘Guinness World Records 2009’, sustentado por ótimas imagens; a participação do rapper 50 Cent na apresentação do Pontiac G8 personalizado; e o anuncio ousado da empresa iCrossing.

O que esses vídeos-releases têm em comum? As principais características: criatividade, inovação, ousadia e fator surpresa. O material ganha, então, maior credibilidade e aceitação jornalística. Fortalece a apuração, enfraquece boatos e notícias plantadas.

Tudo em sintonia. Mas, faltava apenas um detalhe: a interatividade. Como tornar os vídeos-releases mais amigáveis e atraentes? Neste contexto, surgiu o Interactive News Releases (INR). O método é quase o mesmo, mas com alguns adicionais: agora, com poucos cliques, é possível fazer embed em blogs, salvar uma imagem do vídeo ou ainda enviar o conteúdo por e-mail.

Pode-se também compartilhar o conteúdo em mais de duzentas mídias sociais, dos mais diferentes tipos, formatos e impactos, incluindo Delicious, Digg, Reddit, Facebook, StumbleUpon, Newsvine, Technorati e – é claro – Twitter.

Cases interessantes começam a pipocar, principalmente nos Estados Unidos e Inglaterra. A Bridgestone, por exemplo, inovou para anunciar o seu retorno ao Super Bowl. Com um INR de dois minutos, a marca reforçou sua presença na competição e criou uma história interessante, bem-humorada e atraente: um carro percorre uma estrada e no meio dela há animais. O que irá acontecer? A resposta está no INR.

Já a Purina se apoiou no sucesso Marley & Eu para lançar um INR, protagonizado pelo diretor do longa David Frankel.  No vídeo de trinta segundos, a marca prende a atenção do público e o convida para participar de uma grande promoção.  

Esses exemplos consolidam o início de uma nova assessoria de imprensa? Talvez. Mas, reforçam, pelo menos, a necessidade dos comunicadores aplicarem todos os recursos das ferramentas. Agora, com os vídeos-releases, não basta somente informar, é preciso, acima de tudo, entreter. Apertem o play com estilo!


(*) Rodrigo Capella é assessor de imprensa desde 2002. Trabalha na FirstCom Comunicação, onde atende principalmente contas de tecnologia. Formado em Jornalismo pela Umesp e pós-graduado em Jornalismo Institucional pela PUC-SP. Autor, entre outros, de “Assessor de Imprensa – fonte qualificada para uma boa notícia”.

quarta-feira

A força do vídeo-release

Por Rodrigo Capella*


Candace White, professor de marketing na Universidade do Tennessee, em Knoxville, e co-autor do relatório "How video news releases are used in television broadcasts" (“Como os releases em forma de vídeos são usados em transmissões de televisão”, em tradução livre), disse, mais de uma vez que, os diretores de emissoras demonstram grande interesse em utilizar video news releases (VNR) durante a programação.

De acordo com White, os vídeos que abordam saúde e segurança são os mais utilizados. Já os puramente corporativos, ocupam a lanterna. Fácil de se entender: o consumidor quer, cada vez mais, ter acesso a entretenimento, prestação de serviço e informações que facilitem o seu dia a dia e melhorem sua autoestima. O chamado novo tripé jornalístico!

Pago, na maior parte das vezes, pela empresa que pretender comunicar uma determinada notícia, o VNR é enviado, gratuitamente, aos meios de comunicação. Trata-se, na verdade, de um release transformado em imagens, que pode ser utilizado em sua totalidade ou editado – de acordo com as normas e padrões de cada emissora.

Um outro foco em potencial é a internet. Com o VNR, a assessoria de imprensa pode viralizar a informação, agregando valor à marca e ampliando o market share de produtos, soluções e espaços diversos.  

Para lançar o seu canal no YouTube, o Women's Empowerment Channel (WEC), a  escritora, palestrante e apresentadora Jennifer Keitt gravou um vídeo-release no qual reforça o seu know-how para ajudar as mulheres a terem um dia a dia melhor e antecipa algumas dicas que podem ser encontradas no WEC.

O resultado é um vídeo-release descontraído, protagonizado pela própria Jennifer Keitt, que orienta o universo feminino sobre autoestima, sexualidade, fatores financeiros, moda e fitness.

Na mesma linha informativa, o procurador americano José Klest, que tem mais de vinte e quatro anos de experiência em ajudar as vítimas de acidentes de carros, gravou um VNR no qual orienta os motoristas a como proceder em casos como esse.

É bem provável que o material, com duração de um minuto e muito bem editado, já tenha sido utilizado em muitos programas de televisão ou de Internet. Afinal, assim como Jennifer Keitt, Klest focou no novo tripé jornalístico.

Nos Estados Unidos, o Center for Media and Democracy (CMD) pesquisa essas veiculações. Em um relatório, identificou 77 emissoras de televisão que veicularam VNRs. Em alguns casos, esse tipo de material era incorporado na programação, sem distinção, como se fosse conteúdo das próprias emissoras – conferindo uma grande aceitação jornalística ao vídeo-release.

No Brasil, este tipo de material começa a ganhar importância entre as assessorias de imprensa e os profissionais digitais, principalmente para se divulgar eventos, fusões e lançamentos de produtos.

Em tempos de social media, toda iniciativa é válida para consolidar imagens e criar oportunidades. Neste contexto, o vídeo-release é protagonista e irá ditar as próximas regras e tendências. Cabe, então, aos comunicadores traçarem estratégias cada vez mais qualificadas, certeiras e – principalmente - criativas. É a mistura – cada vez mais real – do marketing com a assessoria de imprensa!

(*) Rodrigo Capella é jornalista e assessor de imprensa desde 2002. Autor, entre outros, de “Assessor de Imprensa – fonte qualificada para uma boa notícia”.

Em cena, o fortalecimento do SMVR


Por Rodrigo Capella*

Muito se tem falado, no Brasil, sobre Social Media Press Release (SMPR) e suas particularidades. Neste contexto, especialistas comentam sobre tags nos textos de divulgação, links em palavras-chaves e disponibilização de imagens em Flickr e redes similares – ferramentas de apoio ao trabalho jornalístico. Um avanço se compararmos ao tradicional release 1.0; um entrave se tentarmos equilibrar com as práticas americanas e européias.

No exterior, um conceito mais inovador – o Social Media Video Release (SMVR) – ganha, cada vez mais, campo e dimensão. Em poucas palavras, de uma forma mais lúdica e descontraída, a mensagem – antigamente, transmitida via e-mail em forma de texto e links – é agora compartilhada em formato de vídeo, com as mesmas conexões com a social media

Um case interessante foi coordenado pela Liberate Media. Quando adquiriu a Spannerworks, a iCrossing, empresa de marketing digital especializada em soluções colaborativas, contou com a ajuda da agência inglesa para comunicar o negócio à mídia de uma forma diferenciada e eficaz, conferindo entretenimento, informação e prestação de serviço.

Optaram por gravar um vídeo, com menos de cinco minutos – tempo ideal para ser assistido pela internet. Protagonizado pelo CEO da Spannerworks, Arjo Ghosh, e pelo CEO da  iCrossing, Jeffrey Herzog, o SMVR esclarecia as missões e atividades das empresas, e ainda contextualizava toda a transação, respondendo as possíveis dúvidas dos jornalistas. No final do material, os tradicionais contatos da assessoria de imprensa – como no release tradicional.

O produto foi lançado no blog da iCrossing e compartilhado em sites como YouTube e Asterpix. Só no YouTube foram mais de 1.800 visualizações, o que garantiu ao SMVR da iCrossing, no dia da estreia, a posição de número 34 entre os vídeos mais assistidos (categoria de notícias e política).

Na mesma linha, mas com proposta distinta, a BMW lançou um vídeo, com proporções de SMVR, para divulgar o novo BMW 7 Series. Em uma praça de Moscou, uma ampulheta, com o veículo dentro, fazia a contagem regressiva do lançamento. No vídeo, um depoimento do diretor de design do Grupo BMW, Chris Bangle, explica a iniciativa e sustenta a ação.

Essas iniciativas da iCrossing e BMW mostram que o assessor de imprensa digital precisa, cada vez mais, expandir os horizontes e não se restringir às tradicionais mídias sociais. Na onda do SMVR, é preciso sair do teclado e transformar palavras em imagens!

(*) Rodrigo Capella é jornalista, escritor e assessor de imprensa desde 2002. Formado em Jornalismo pela Umesp e pós-graduado em Jornalismo Institucional pela PUC-SP. Autor, entre outros, de "Assessor de Imprensa – fonte qualificada para uma boa notícia".

segunda-feira

Mais um pulo em Angra. Essa pedra foi mais alta... Uepa!!!!

 

  

  

  

  

  

 

Pulando de uma pedra em Angra (Para mim, foi mais difícil subir do que pular...rss)