Este é o blog oficial do jornalista, assessor de imprensa, palestrante e escritor Rodrigo Capella

terça-feira

Latindo feito um cão

sexta-feira

Relaxando...


Amigos, este blog estará em recesso de 26/12 a 06/12, com retorno no dia 07/12. Abraços e feliz 2009, Rodrigo Capella.

quarta-feira

Cupim de Natal



Por Rodrigo Capella*

A árvore piscava com tal fervura, bolas brancas e vermelhas davam o realce, enfeites de laços e cavalos carregavam ternura, no olhar da criança.

Piscava num ritmo prolixo, fixamente olhava o enfeite mais alto, era um papai noel no topo da árvore, despertando nuança no olhar meigo.

A criança, enfeitiçada estava, a admirar o falso real, a crer que papai noel iria, descer da árvore e dá-lhe, um beijo no rosto.

Observava a árvore diariamente, como se buscasse um algo mais, percorria ao redor dos galhos, sentia o perfume vago.

Fixava os olhos atrás da árvore, abria e fechava a porta do armário, passava a mão num furo, feito por cupim.

Observava a árvore, canto por canto, estava quase aos prantos, queria ver se o furo, ia contaminar os enfeites, derrubar os galhos, estragar papai noel e paralisar os cavalos.


(*) Rodrigo Capella é poeta, escritor e palestrante. Autor de diversos livros, entre eles “Enigmas e Passaportes”, "Rir ou chorar", “Como mimar seu cão” e “Transroca, o navio proibido”. E-mail: contato@rodrigocapella.com.br

segunda-feira

Mais uma ganhadora


Depoimento de Raiana Ralita, que ganhou o livro "Rir ou chorar": "Olá só para avisar que recebi o livro porém ainda nao tive tempo de ler, mas pelo que deu pra perceber é ótimo! Muito obrigado e espero ganhar mais vezes, pois quero uma coleção de seus livros! Beijos, feliz natal e muito progresso em 2009, sucesso em sua carreira. São os sinceros votos de sua mais nova amiga Raiana Ralita".

Quer participar das promoções e ganhar livros? Clique aqui e participe!! Serão dez sorteios por semana

sábado

Um clique, uma gargalhada


Por Rodrigo Capella*

O revólver é a melhor das armas. Mata, sem dor. Sangra, de imediato. Para quem gosta de sangue e morte, como Tavares, não existe nada melhor. É como se ele comesse algo afrodisíaco ou degustasse um Sex on the beach em pleno tuti tuti da balada. Não que seja viaciado em álcool. Não, isso ele não é. Mas, toda quarta-feira, gosta de colocar gelo no copo e beber até mesmo no escritório de advocacia, um cubículo devorado por cupins. Adepto a momentos de caos, é comum vê-lo, toda quinta-feira, carregando a 38 com apenas uma bala para dar um único clique e gargalhar. É assim que Tavares gosta. Não é praticante de esportes. Mas, toda sexta-feira, luta boxe, batendo a ponta dos dedos na parede até sangrar. Amante de ar puro, todo sábado, caminha descalço em pedras de calcário até chegar à areia da praia. Sem descançar, avança ao mar para lavar o pé marcado por bolhas. Todo domingo, debruça-se na varanda de seu apartamento e se equilibra nas grades, quase caindo três andares. Correr ele realmente não gosta. Mas, toda segunda-feira, joga video-game, mexendo-se de um lado para o outro, todo desajeitado, até ter torcicolo. Para fechar a semana, Tavarez não passa uma terça-feira sem olhar os dias e analisar. Conclui que a semana foi ótima e tem apenas uma queixa: ela poderia ter mais dias.

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de doze livros publicados, entre eles “Rir ou chorar”e “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor gaúcho Ricardo Zimmer. Informações: www.rodrigocapella.com.br

sexta-feira

O que você quer? Participe!




O que você gostaria de ganhar de Natal?

DVD da Madonna

CD do Dazaranha

Livro do Paulo Coelho

Passagem aérea de ida para a Colômbia










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Rodrigo Capella sorteia livros

O escritor e poeta Rodrigo Capella está sorteando livros em seu novo site. Para concorrer, basta acessar: http://www.rodrigocapella.com.br/brindes.html Toda semana serão sorteados dez ganhadores. Capella é autor de vários livros, entre eles “Rir ou chorar”, que desvenda os bastidores do cinema; e “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adpatado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer.

quinta-feira

Visitas, cachorros, putas e obsessões

Visitas Inernacionais

O escritor e poeta Rodrigo Capella recebe cada vez mais visitas internacionais em seu site (http://www.rodrigocapella.com.br/), principalmente de países como França, Portugal, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. Até o momento, já foram 42.000 page-views internacionais em 2008, um aumento de 75% em relação ao ano passado. Capella é autor de vários livros, entre eles de “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer.

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Por Rodrigo Capella*

Que eu adoro animais de estimação, principalmente, os cachorros, isso todo mundo sabe. Só cães, tenho dois. Brutus, seis anos, é um yorkshire. Alemão, três anos, é um poodle brincalhão e sapeca. Não foi à toa, então, que o livro “Todos os cachorros são azuis”, de Rodrigo de Souza Leão, conquistou-me logo pelo título.

É lógico: pensei, de imediato, em pintá-los para dar uma alegria, um algo mais. Cachorros pretos e cinzas são chatos e sem graça. Canalhas! Os azuis devem ser mais divertidos. Peguei uma cerveja na mão direita; o livro na esquerda, como faço sempre, e abri, sem querer, na página 61: “por que putas são carentes e precisam de tanto amor? Eu não gosto muito de putas”.

Poesia marginal? Talvez! Mas, o mérito do autor está justamente em provocar com sabedoria e ainda fugir dos rótulos. Engana-se, portanto, quem tentar enquadrá-lo em qualquer tipo de prosa ou verso. Souza Leão tem traços sem limites, que brincam com o leitor, sem que o leitor perceba disso: “outro grito de terror. Roubaram-me alguns folhetinhos crentes e mais mil dólares. Eu começava a desconfiar de minha sombra”.

Traços que parecem transmitir um sentimento sobrenatural de buscar outros elementos e também de querer simplesmente se expressar, procurando sentimentos cotidianos, tão notórios e simples: “o que é solidão? É viver sem obsessões. Mas na vida às vezes a gente tem que escolher entre esmurrar a ponta de uma faca ou se deixar queimar no fogo”.

Virando mais algumas páginas, o personagem se revolta e desabafa: “fui obrigado a estar aqui. Não queria vir. Não quero ficar, porra!”. E, é claro, provoca: “no mundo de fora, procuro no obituário todo dia meu nome. Já decici: não quero ir ao meu enterro. Como será o céu dos objetos?”.

Como será? Não sei. Mas, posso dizer que livros como esse já nascem bons, antes mesmo de memorizarmos todo o conteúdo. Desafiar as regras literárias e gramaticais não é para qualquer um. Só poucos – como Souza Leão – as conhecem e sabem quebrá-las com elegância. Viva os cachorros!

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de vários livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Informações: www.rodrigocapella.com.br

terça-feira

Paulo Coelho e 2009: o que vai acontecer?

Na frente de Paulo Coelho

O site do escritor Rodrigo Capella, que completa 5 anos de existência e conta com mais de 15 mil acessos mensais, acaba de alcançar uma façanha inédita: quando a palavra “escritor” é digitada no Google, o site de Capella aparece na frente do site do escritor Paulo Coelho. Isso ocorre devido à quantidade de acesso, que aumentou bastante depois que Capella divulgou no YouTube vídeos em que recita textos de seu livro “Poesia não vende”, que valoriza a poesia e também traz depoimentos de Ivan Lins, Barbara Paz e Carlos Reichenbach, entre outros.
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Por Rodrigo Capella*

Não sou de fazer previsões. Mas, gostaria apenas de dar um aviso: em 2009, o número de leitores vai aumentar sensivelmente. Não por conta dos trabalhos desenvolvidos nas escolas, mas sim por causa da tecnologia. Isso mesmo! No próximo ano, os leitores eletrônicos vão conquistar definitivamente os brasileiros.

Mas, afinal o que é um leitor eletrônico? Em poucas palavras, trata-se de um aparelho fino e de fácil transporte que comporta aproximadamente 200 livros. E com mais uma vantagem: as obras saem pela metade do preço das compradas em livrarias.

Os leitores eletrônicos mais conhecidos são Amazon Kindle (US$ 359) e Sony PRS-700 (US$ 399), que utilizam a tecnologia E Ink, capaz de oferecer aos leitores bons momentos de leitura, sem cansar os olhos. O modo operacional é simples: basta o usuário comprar um título on-line e separar um tempinho do dia para a leitura.

Esse mercado já está aquecido nos Estados Unidos. Lá, de acordo com o Fórum Internacional de Publicação Digital, entre o último trimestre de 2007 e o primeiro de 2008 o mercado registrou, em vendas, um volume de US$ 10 milhões. É um número considerável e interessante se observarmos as limitações dos aparelhos. O Kindle, por exemplo, é vendido apenas on-line e só lê livros comprados na Amazon.

Neste cenário, o que tem seduzido os americanos são justamente os best-sellers disponíveis. Quem tem livro eletrônico, pode ler, por exemplo, “Crepusculo” e “Lua Nova”, de Stephenie Meyer, por preços que variam de US$ 6 a US$ 9,99. Ou então degustar o livro do presidente eleito Barack Obama: “A audácia da esperança”.

A onda já foi lançada. Mas, do jeito que a tecnologia evolui, só nos resta torcer para que os aparelhos não fiquem obsoletos em menos de cinco anos. É esperar pra ver! Ou melho: ler para compreender.

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de vários livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Informações: www.rodrigocapella.com.br

segunda-feira

Vencedor 02

Reginaldo Correia da Silva, vencedor da promoção do site Poppycorn, que sorteou cinco exemplares do meu livro "Rir ou Chorar": "Oi Rodrigo, recebi e gostei muito do livro.pois sou estudante de Radio e TV aqui em recife,já estou indo para o 7º periodo,sou tambem poeta e tenho alguns textos sobre musica no poppycorn e até um conto,gostaria de te mandar um postal aqui de Recife, no envelope tinha seu endereço mas o numero do apartamento estava apagado,se puder me mandar.Muito obrigado e espero que continuemso a manter contato.Abraços de Recife e parabéns pelo ótimo livro".

Vencedor 01


Depoimento de Regina Vares, vencedora da promoção do site Poppycorn, que sorteou cinco exemplares do meu livro "Rir ou Chorar": "Bom dia, Rodrigo. Só avisando que recebi o livro. Super obrigada. Sei que vou gostar muito, como gostei do: Como Mimar Seu Cão, Transroca, Poesia Não Vende e Além das Letras. Mais um para a coleção! Mais uma vez, obrigada. Sucesso Sempre, Regina Vares".

sexta-feira

Quer ganhar livros?


Amigos,

estou sorteando livros no meu site.

Participem!! Cliquem aqui:
http://www.rodrigocapella.com.br/brindes.html

Abs,

Rodrigo Capella

quarta-feira

Uma boa dose de sorte


Os livros Conversas com Almodóvar e Conversas com Woody Allen chegam ao mercado para revelar técnicas e bastidores do cinema


Por Rodrigo Capella*

O que mais chama a atenção na sétima arte não são as imagens ou o roteiro. Mas, sim o que está por trás deles. Poucos foram, entretanto, os filmes que exploraram esta faceta e conseguiram apresentar detalhes interessantes dos chamados bastidores. Para suprir esta escassez, as editoras colocaram no mercado livros inspirados em filmes, que ganharam força, principalmente, neste século.

A consolidação veio com Fahrenheit 11 de setembro – o livro oficial do filme, lançado em 2004, por Michael Moore – o polêmico cineasta e rival declarado de George Bush. Com a proposta de revelar detalhes ainda mais polêmicos sobre o atentado contra as torres gêmeas, o livro trouxe provas utilizadas durante as filmagens e apresentou também artigos, cartas e fotos.

Com o sucesso da obra Fahrenheit, as estantes das livrarias foram imundadas por livros apoiados em filmes, atores e diretores, contribuindo para uma sensível melhora deste tipo de gênero literário, que pode ser notada nos lançamentos Conversas com Almodovar e Conversas com Woody Allen.

Ambos, em uma primeira análise, parecem se apoiar bastante no clássico livro Hitchcock/Truffaut: Entrevistas, resultado de uma série de conversas que o diretor de “Os Pássaros” teve, na década de 50 e 60, com o também cineasta François Truffaut, de “O Homem que amava as mulheres”.

Mas, essa impressão, leiga, por sinal, rapidamente se desfaz: enquanto o livro do mestre do suspense se restrigue a detalhar a trajetória com o objetivo de desfazer uma então má impressão que os americanos tinham de Hitchcock – consideravam-o mediano e comercial -, os livros de Almodovar e Woody Allen nasceram com propostas distintas.

Conversas com Woody Allen, de Eric Lax, é resultado de mais de 30 anos de entrevistas, a primeira delas em 1971, e revela inquietudes, processo criativo e, principalmente, métodos de filmagens: “anoto o tempo inteiro - às vezes, quando começo a filmar no set, penso comigo mesmo: Essa cena vai ficar fantástica se eu usar música clássica, e não jazz”.

Mostra também curiosidades, como tomadas preferidas de câmeras – “pessoas andando na calçada, e a câmera está na calçada oposta, paralelamente”. Mas, sobretudo, apresenta um Woody Allen que ainda teima em se auto-definir como inconsciente, mesmo tendo levado ao cinema filmes como Match Point, com fortes elementos da obra Crime e Castigo, de Dostoyevsky.

Já Conversas com Almodovar é uma obra bem mais pessoal e facilmente aceita em um momento de Big Brother. O livro revela, além de detalhes de filmagens e trajetória, algumas preferências deste cineasta, como livros, filmes e até mesmo cor – “o vermelho está sempre presente nos meus filmes, não sei por quê. Mas, é possível encontrar uma explicação. A mais insólita é que na cultura chinesa o vermelho é a cor dos condenados à morte “.

Mostra também um Almodovar admirador de esporte: “os esportistas têm um físico extraordinário, o físico de pessoas que sofreram, que lutaram”. E que revela, sem fazer mistério, as suas jogadoras preferidas: “nesse aspecto meu sentimento continua muito nacional, a Arantxa Sanchez é minha preferida. Mas também gosto de Monica Seles, apesar de ser uma espécie de demônio na quadra”.

É, Almodovar mostra ter um razoável entendimento do tênis, esporte que norteia o filme Match Point, de Woody Allen. Teria ele, então, feito um longa-metragem mais impactante? É difícil afirmar.

Fica claro, porém, que após a leitura desses dois livros, o cinema dos grandes cineastas, assim como a vida real, é feito – em alguns casos - com uma boa dose de sorte.

Conversas com Almodóvar, de Frederic Strauss. Editora Zahar. Preço: R$ 44,90.
Conversas com Woody Allen, de Eric Lax. Editora Cosac Naify. Preço: R$ 65,00

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de 12 livros, entre eles “Rir ou chorar”, que desvenda os bastidores do cinema brasileiro. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br