Por Rodrigo Capella*
Durante todos esses anos, a humanidade vem cultivando a idéia de que o homem precisa plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. A árvore você já deve ter plantado na escola, durante o primário, quando as “tias” (leia-se professoras) levavam os alunos ao jardim e lá davam as orientações de como colocar a semente na terra. O filho deve estar agora ao seu lado, jogando vídeo game ou brincando com o cachorro, que provavelmente se chama Rex ou Bob. Mas e o livro?
Durante todos esses anos, a humanidade vem cultivando a idéia de que o homem precisa plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. A árvore você já deve ter plantado na escola, durante o primário, quando as “tias” (leia-se professoras) levavam os alunos ao jardim e lá davam as orientações de como colocar a semente na terra. O filho deve estar agora ao seu lado, jogando vídeo game ou brincando com o cachorro, que provavelmente se chama Rex ou Bob. Mas e o livro?
Depois que publiquei o meu primeiro romance policial, intitulado “Enigmas e Passaportes”, leitores não pararam de me perguntar se existe uma fórmula adequada para se escrever uma obra literária. Em todas as ocasiões, eu respondi que os textos não seguem regras ou leis, mas podem ficar melhor se algumas dicas forem colocadas em prática. Vamos a elas!
Antes de pegar o lápis e uma folha de papel, determine o público que você pretende atingir. Ele é normalmente dividido, pelas editoras, em infantil, juvenil e adulto. Reflita e não tenha pressa para fazer a escolha adequada.
Os grandes autores de nossa literatura sempre tiveram a preocupação de direcionar as suas obras. Monteiro Lobato, por exemplo, escreveu vários textos para crianças. Já Pedro Bandeira soube, como ninguém, atingir os adolescentes.
Depois de definir o público, a próxima etapa é encontrar uma idéia diferente, algo que ainda não exista em nossa literatura. Pode ser um personagem ousado, como fez Machado de Assis ao nos apresentar um narrador-morto em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. Mais adiante, é necessário estabelecer uma linguagem adequada para ser utilizada na obra. Isso é fundamental para uma boa leitura do livro e também para garantir um volume de vendas considerável.
Não esqueça: pense no leitor e questione se ele vai entender o que está escrito. Pronto! Agora você está preparado para escrever as primeiras linhas. Mas, quando terminar a obra, leia e releia o texto, sem pressa. Veja se o conteúdo dele interessa ao leitor. Se a resposta for negativa, tranque o material numa gaveta e comece do zero. É melhor errar agora do que receber várias negativas e a obra não ser publicada.
(*) Rodrigo Capella é escritor e poeta. Informações: www.rodrigocapella.com.br