Amigos, recentemente eu fiquei bastante surpreso. O motivo: Guilherme Vaz, conceituado maestro e músico, fez uma análise muito positiva sobre o meu poema Arado. Confira o que disse Guilherme Vaz.
O COMENTÁRIO:
"Confesso com clareza que esta mudança de semântica proposta pelo poema de Rodrigo Capella, do ícone "bem amado" para o super ícone "bem arado" ou " o bem-arado" é um achado filosófico de altíssima relevância porque o conceito liga-se "arar" bela palavra primitiva portuguesa que significa cultivar a terra e a troca do conceito de bem-amado para o "bem cultivado" é extraordinária e tem amplas ligações com a filosofia a mitologia e uma "arqueofilosofia". O bem arado neste mundo "rústico" luso-galaico seria similar de "o bem cultivado" o que alpem de ser verdadeiro inclui um conceito mais amplo e menos passivo e mais ativo "ao casal da dupla mística" o espírito e o corpo ou a alma onde ela seria "vem cultivada" pelo espírito num conceito não presente nem em San Juan de La Cruz la noche mística que fala dos "pares místicos" do espírito que "cultiva" a alma e nem no seu similar e fonte original: o "cântico dos cânticos" atribuído a Salomão. Lindo!
GUILHEME VAZ:
Artista conceitual, visual e sonoro, Guilheme Vaz nasceu em Araguari, em 1948, e tem forte atuação no mundo da escrita e do cinema, sendo constantemente chamado para compor trilha sonoras de longa-metragem. Ganhou vários prêmios, entre eles o de melhor trilha sonora para "Filme de Amor", no 36º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 2003. Para mais informações, clique aqui.
O POEMA:
ARADO
por Rodrigo Capella
Em constante harmonia,
o sol se encontra com a lua,
o mar se derrete na areia,
você me desdenha.
O triunfo a toda vista,
perpétua a solidão,
ao retorno da dor,
risco, seu traço incolor.
Corres, a vida breve,
cultuas, o sonho encantado,
contes, detalhes avessos,
pedra, um bem Arado.