sexta-feira
Ele também foi poeta
Poucos sabem, mas Machado de Assis, fundador da Academia Brasilira de Letras e autor dos sucessos “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”, também escrevia poesia e lançou vários livros do gênero. “Crisálidas”, publicado em 1864, foi o primeiro livro e trouxe muitas referências á infância do escritor, que tinha uma saúde muito frágil, era epilético, filho de operário e vendia doces. “Era uma pobre criança/Pobre criança, se o eras/ Entre as quinze primaveras/ De sua vida cansada/ Nem uma flor de esperança”.
O livro lembrou também alguns momentos dolorosos de Machado de Assis, como a morte de seu pai, ocorrida em 1851, antes do escritor completar os quinze anos. “Dobra o joelho: é um túmulo/ Embaixo amortalhado/ Jaz o cadáver tépido/ De um povo aniquilado/ A prece melancólica/ Reza-lhe em torno à cruz”.
Depois de “Crisálidas”, o poeta publicou “Falenas”, em 1870, mostrando que já tinha facilidade em abordar o universo feminino, característica presente em seus livros como “Helena”, de 1876. Em “Facenas”, o autor faz, por exemplo, diversas referências a sua mulher, Carolina Augusta Xavier de Novais, com quem se casou um ano antes da publicação do livro. “Eu conheço a mais bela flor/ És tu, rosa da mocidade/ Nascida, aberta para o amor/ Eu conheço a mais bela flor”.
Vários versos, quase todos eles, fazem alguma referência a Carolina, uma mulher culta e conhecedora dos clássicos portugueses, que morreu em 1904, deixando saudades ao poeta. “Quando ela fala, parece/ Que a voz da brisa se cala;/ Talvez um anjo emudece”.
Cinco anos depois de publicar “Falenas”, Machado lança “Americanas” e, mais tarde, ele apresenta, aos amantes de poesia, um livro que é considerado, pela técnica e expressão, um dos melhores do gênero: “Ocidentais”, de 1880. “Ouço que a Natureza é uma lauda eterna/ De pompa, de fulgor, de movimento e lida/ Uma escala de luz, uma escala de vida/ De sol à ínfima luzerna”.
Em 1901, ele finaliza o período poético com “Poesias completas”, o seu quinto livro de poemas. Pois, é. Esse foi Machado de Assis. Romancista, cronista, dramarturgo, novelista, ensaísta e também poeta, como vocês puderam ver.
(*) Rodrigo Capella é escritor e poeta. Autor de vários livros, entre eles "Transroca, o navio proibido", que vai ser adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer, e "Poesia não vende", que traz depoimentos de Ivan Lins, Moacyr Scliar e Barbara Paz, entre outros. Informações: www.rodrigocapella.com.br
sábado
Flap, mistério e site
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Falando em Poesia não vende, nome de meu último livro, o meu site está reformulado, com fotos dos lançamentos em Floripa e São Paulo. Acessem: http://www.rodrigocapella.com.br/
quinta-feira
Lançamento de “Poesia não vende” em Floripa
Edmundo Simone Neto e eu
Pintura - A pintura do evento ficou a cargo do amigo Paulo Marcondes Neto, que já expôs em lugares importantes de São Paulo, como a Assembléia Legislativa e em conceituadas livrarias. Ele foi a Florianópolis especialmente para o evento. Acompanhe abaixo:
Paulo Marcondes Neto
Poesia - Beatriz Mendonça percorreu os três andares do Beiramar Shopping, atraindo leitores para o evento. A cada poesia recitada a catarinense recebia aplausos. Resultado: vários leitores entraram na livraria para participar do evento. Acompanhe:
Beatriz Mendonça
Música - Juliana Nandi, no violino, e Ana Paula Azambuja, na viola, empolgaram o público que compareceu na Livraria Siciliano. Apresentando músicas clássicas e modernas, a dupla mostrou que estava muito afinada. Acompanhe:
Caricatura - Sérgio Tastaldi levantou risos e comentários com suas caricaturas. Ninguém escapou de seus traços de seus traços e "alfinetadas". Acompanhe:
Sérgio Tastaldi e eu
Agradecimento especial - Ana Capella (minha mãe e incentivadora), Edmundo Simone Neto (coordenador do evento) e Lêda Capella (minha avó, que me ensinou a escrever poesias).
Vitrine - A quem interessar, o livro está á venda nas melhores livrarias do Brasil. Em algumas, como a Siciliano, do Beiramar Shopping, ele está na vitrine: